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A crise econômica mundial ameaça a segurança dos EUA

quarta-feira, 10 de junho de 2009


eua-criseA crise econômica mundial constitui a principal preocupação dos Estados Unidos a curto prazo em termos de segurança, declarou nesta quinta-feira o diretor da Inteligência americana, Dennis Blair, ao apresentar seu relatório anual ante o Congresso.

“A principal preocupação a curto prazo dos Estados Unidos é a crise econômica mundial. Esta provavelmente é a maior ameaça que pesa sobre nós. Quanto mais demorar a reativação (da economia), maior será o risco de graves danos aos interesses estratégicos americanos”, afirmou.

Seu relatório, que aborda várias questões pertinentes à questão da inteligência americana e foi apresentado ao comitê de Segurança do Senado, diz que a Al-Qaeda, enquanto grupo terrorista, está “menos capaz e eficiente” do que há a um ano.

“Em razão da pressão que nós e nossos aliados exercemos sobre a direção da Al-Qaeda no Paquistão e do declínio contínuo da facção mais importante da Al-Qaeda na região, no Iraque, a Al-Qaeda é hoje menos atuante e eficiente do que há um ano”.

“Apesar disso, a Al-Qaeda, suas facções e seus aliados continuam sendo inimigos perigosos e acreditamos que continua a planejar atentados na Europa e no Ocidente”, advertiu.

Em relação ao Irã, o chefe da Inteligência admitiu não saber se o o país atualmente desenvolve armas nucleares, mas garantiu que “Teerã mantém essa opção sobre a mesa”.

No que diz respeito a outra preocupação em termos nucleares, a Coréia do Norte, Blair afirma que Pyongyang não pretende usar seu arsenal nuclear a menos que o regime de Kim Jong-Il sinta que sua sobrevivência está em risco.

Blair informou ainda que a Coréia do Norte vendeu mísseis balísticos para o Irã e outros países do Oriente Médio, e ajudou a Síria a construir um reator nuclear.

“As ambições nucleares de Pyongyang e sua conduta de proliferação ameaçam desestabilizar a Ásia Oriental”, enfatizou.

“Provavelmente Pyongyang vê suas armas nucleares mais como uma forma de dissuasão, prestígio internacional e de diplomacia coativa que para enfrentamentos bélicos e contemplaria usá-las sob certas circunstâncias extremas”.

A respeito das especulações sobre a saúde de Kim, informou que líder norte-coreano “provavelmente sofreu um derrame em agosto que o incapcitou por várias semanas e o impede de administrar ativamente como antes”.

“Contudo, suas atividades públicas recentes sugerem que a saúde dele melhorou significativamente”, acrescentou.

O general reformado também afirmou que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, continuará oferecendo refúgio à guerrilha colombiana das Farc, com as quais mantém ligacões de longa data.

“Chávez provavelmente manterá suas ligações de várias décadas com as Farc ao proporcionar-lhe refúgios devido a sua afinidade ideológica com o grupo e seu interesse em influenciar a política colombiana”, denunciou Dennis Blair.

O diretor nacional de Inteligência indicou ainda que o conhecimento público de documentos que mostravam os nexos do presidente venezuelano com as Farc encontrados no computador de um ex-chefe guerrilheiro morto num ataque em março do ano pasado “forçaram Chávez, ao menos retoricamente, a melhorar as relações com Bogotá”.

Funcionários americanos denunciaram no passado que as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) mantêm refúgios em território venezuelano, o que é negado taxativamente por Caracas.

Além disso, o governo Chávez serve de ponte para o Irã melhorar suas relações diplomáticas e comerciais com países latino-americanos.

“A relação pessoal entre o presidente do Irã, (Mahmud) Ahmadinejad, e Chávez conduziu a relações econômicas e militares bilaterais mais fortes, apesar de os dois países ainda estarem lutando para superar os obstáculos burocráticos e lingüísticos para implementar acordos”.

A organização libanesa Hezbolah, considerada “terrorista” por Washington, explora a crescente ligação de Chávez com Teerã, os frágeis controles financeiros e de frontei da Venezuela e a corrupção generalizada nesse país.

O informe de Blair acrescenta que o Hezbollah “mantém presença na Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, uma região notória pelo tráfico de drogas e armas”.

Fonte: G1

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