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EUA à beira da falência

quarta-feira, 10 de junho de 2009


eua_falencia1Essa crise econômica há tempos já deixou de ser uma mera crise no setor imobiliário americano e hoje virou uma grande crise que atingi todos os setores da economia mundial. Se as atitudes tomadas pelos governos das principais economias mundiais não surtirem um efeito imediato no mercado, consequências assustadoras tomarão conta do mundo todo.

Essa crise já virou um ciclo vicioso auto-sustentável e à cada volta que é dada, esse ciclo aumenta seu diâmetro de forma exponencial. É um raciocínio lógico. Tudo começa com a escassez de crédito nos bancos devido à crise imobiliária, sem crédito, as empresas não conseguem financiar seus projetos e acabam tendo prejuízos e têm que fazer corte nos postos de trabalho, aumentando o desemprego, as pessoas gastam menos e as empresas têm novos prejuízos e têm de fazer novos cortes, mais pessoas perdem empregos e assim vai até as empresas falirem uma por uma.

E para tentar conter esse ciclo, os bancos centrais do mundo todo, principalmente o FED, estão aprovando pacotes de resgate econômicos bilionários e que caso esses pacotes não surtam um efeito imediato consequências catastróficas estarão por vir num futuro próximo.

A dívida Pública Americana em agosto de 2008, antes do estouro da crise, era de US$ 9,6 trilhões. Com o estouro da crise, os EUA iniciaram a série de gastos bilionários com US$ 200 Bi para resgatar as gigantes hipotecárias, Fannie Mae e Freddie Mac, logo após gastaram quase US$ 100 Bi para recuperar o banco AIG e tantos outros bilhões usados para estatizar vários outros bancos e mais dinheiro para ajudar a outros bancos a adquirirem outros bancos em perigo.

Dívida pública dos EUA supera a barreira dos 10 trilhões de dólares

O 1º pacote destinado a salvar a economia proposto pelo governo Bush com o valor de quase US$ 800 Bi e tudo isso em conjunto com mais outros bilhões de gastos pelo FED em medidas conjuntas com outros bancos centrais para tentar manter a liquidez (dinheiro disponível) no mercado e que agora se junta com o pacote de US$ 900 Bi proposto por Obama. Ou seja, em menos de 6 meses a dívida pública americana aumentou em média US$3 Trilhões, mais de 30%, para ser mais exato segundo o economista Nouriel Roubini, que provocou risadas quando previu a crise a 3 anos atrás, o rombo na economia americana é de US$ 3,6 Trilhões. Se somarmos tudo, chegamos à conclusão que a dívida pública americana é de US$ 13,2 Trilhões.

Roubini diz que sistema financeiro na prática está falido

Se levarmos em conta que o PIB americano é de pouco menos de US$ 14 Trilhões, e que o mesmo vem em constante queda e que a dívida de US$ 13,2 trilhões, mais de 90% do PIB, vem aumentando rapidamente, logo, os EUA em questão de meses, assim com a Califórnia, estarão insolventes, ou seja, falidos!

Estados Unidos Produto Interno Bruto (PIB)

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Hiperinflação à vista

Nos últimos meses, várias instituições econômicas e personalidades políticas vêm alertando o mundo sobre o risco de uma hiperinflação na economia mundial. O último alerta veio de um relatório divulgado pelo banco Morgan Stanley, o qual fala que devido à alta impressão de papéis-moeda e o aumento da dívida pública dos países durante a crise pode criar uma hiperinflação.

Morgan Stanley não descarta a hiperinflação nos EUA, Grã-Bretanha e no restante da Europa

Para financiar suas despesas, os países criam um tipo de “vale”, chamado de título da dívida, esse título é uma espécie de garantia o qual atesta que “você” emprestou dinheiro a esse país e futuramente receberá o pagamento com desconto (Juros).

Títulos de dívida

Existem 3 formas de o governo arrecadar dinheiro:

1º – Aumentar os impostos;

2º – Imprimir dinheiro;

3º – Vender títulos da dívida

A melhor opção é vender os títulos da dívida, já que não dá pra aumentar os impostos em época de crise e nem imprimir dinheiro pois causaria inflação(alta nos preços).

Os Treasury’s(títulos da dívida americana) são considerados os mais seguros do mundo,ou seja, o risco de calote é mínimo. Mas a dívida pública dos EUA vem crescendo rapidamente assim como a economia mundial vai piorando e os juros nos EUA estão estacionados no zero, o que está ocasionando uma fuga dos investidores que por sua vez vão comprar títulos mais lucrativos de outros países. Ex.: Brasil

Devido às circunstâncias, os financiadores estão fugindo dos EUA aos poucos e no ritmo que a evolução da dívida pública vai, não vai demorar muito e os Estados unidos ficarão sem financiadores, o que já acontece hoje, em menor escala.

Sem ter quem financie seus gastos o governo vem tomando medidas arriscadas que consistem na impressão de papéis-moeda para comprar seus próprios títulos e pagar os juros da dívida pública.

FED vai comprar títulos da dívida

Se acaso essas medidas não surtirem efeito. Consequências assustadoras tomarão conta da economia mundial.

Devido ao aumento da dívida pública, as agências que medem o nível de segurança de investimento, rebaixarão os Estados Unidos a um nível de menor confiança, o que acarretará em uma fuga enorme de investidores o que fará com que a inflação seja elevada junto com a taxa de juros.

Dívida crescente e piora de fundamentos: os EUA terão seu rating rebaixado?

Isso somado com a queda avançada da produção, junto com o fim dos estoques dos produtos e com a demanda também diminuindo, mas num ritmo menor, os preços dos produtos vão começar a subir, já que não haverá mais estoques, a oferta irá diminuir e se acrescentarmos a isso a chegada inevitável da inflação na moeda chinesa que ocasionará uma inflação ainda maior na moeda americana, o que será agravado ainda mais quando a inflação atingir todo o mundo e todos os credores americanos se livrarem dos dólares de suas reservas

Como uma hiperinflação na china poderá atingir o Dólar

Consistentemente o crescimento econômico é o principal fator que tem contribuído para conter a inflação China. A inflação acontece quando a oferta de moeda cresce mais rápido do que a economia e, a economia da China tem crescido rapidamente. Este crescimento econômico tem contribuído para absorver as enormes quantidades de Yuan(moeda chinesa) que foram impressos para apoiar o dólar. No entanto, isso vai mudar em 2009. Devido à queda da procura global, a economia da China está com previsão de crescimento igual a zero, se não for negativo, o crescimento, que irá remover uma significativa redução da força contra a inflação e ampliar o impacto inflacionista da China.

É importante notar que, enquanto o crescimento econômico vai provavelmente ser negativo, a economia da China não vai cair. Além da demanda mundial por seus produtos baratos de bens de consumo, eles também se beneficiam pela substituição de importação interna. Esta é a razão pela qual as importações para a China estão caindo de forma rápida: os chineses são a favor da mudança para o produto barato interno em vez de caras importações estrangeiras. Portanto, embora tenha havido uma queda acentuada na demanda chinesa por grandes marcas (Dior, Chanel, Hermes, etc.) e outros artigos de luxo, também os produtos baratos estão voando fora das prateleiras.

No entanto, apesar da China ter alicerces sólidos, a desaceleração mundial atual é demasiadamente forte para que se possa escapar. A carnificina financeira mundial é tão grave que mesmo a procura de bens de consumo baratos diminuirá. Como resultado, mesmo a China podendo superar todos os países da terra, a sua economia sofrerá, em 2009.

A verdadeira ameaça para o dólar

O Banco Central da China coloca os dólares extra que recebe de seu superávit comercial em sua crescente reservas cambiais e, em seguida, imprime Yuan para pagar os exportadores chineses. Isto resulta em um aumento na oferta monetária da China, base por um montante igual ao do aumento da sua das reservas cambiais. Embora a capacidade da China para manter e acumular reservas é interminável, a sua capacidade para manter a sua oferta monetária não está sob controle.

Se houver um crescimento interno grande decorrente das fracas exportações, poderia forçar a China a diminuir suas reservas em dólar, podendo gera inflação. Quando a população se der conta que a inflação entrou num caminho sem volta e que a moeda não mais servirá como fonte de riqueza e nem como instrumento de troca começarão a livrar-se delas e a farão estoques de produtos em casa, o que no caso só irá contribuir para ainda mais no processo de desvalorização da moeda.

Vendo isso, o governo para tentar conter o rombo orçamentário imprimirá cada vez mais moedas, aumentará ainda mais os impostos e as taxas de juros abusivas, o que a essa altura não surtirá mais efeito algum na economia, muito pelo contrário, apenas aumentará a velocidade da evolução da dívida pública.

Uma galopante inflação resultaria em milhões de cidadãos com fome e iria criar agitação social generalizada. A manutenção da baixa dos preços dos alimentos é uma questão de sobrevivência política para autoridades chinesas.

Então, diante da escolha entre perder o seu controle sobre a inflação e perder o dólar, eles não hesitará um segundo a sacrificar o dólar para salvar sua própria pele.

E a hiperinflação continuará até que chegue a um ponto que nós conhecemos bem:

* O Dólar perderá todo seu valor e uma nova moeda será colocada em circulação.

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