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Milhares de demissões, mas Brown vislumbra “Nova Ordem Mundial”

quarta-feira, 10 de junho de 2009


gordon-brown-4Da France Presse

LONDRES, 26 Jan 2009 (AFP) – Em meio aos anúncios de cortes de milhares de empregos na Grã-Bretanha, o primeiro-ministro Gordon Brown advertiu nesta segunda-feira que a crise não deve servir de desculpa para se refugiar no protecionismo e afirmou que uma “nova ordem mundial” aparecerá após a recessão.

A Grã-Bretanha, que semana passada entrou oficialmente em recessão econômica, acordou nesta segunda-feira com o anúncio de que a Corus, maior empresa siderúrgica da Europa, demitirá 3.500 funcionários no mundo, dos quais 2.500 nesse país.

Somente neste ano, diversas empresas no país, desde fabricantes de roupas a montadoras, passando pela empresa de telecomunicações British Telecom (BT) e os bancos – cujas ações despencaram, arrastando a libra, anunciaram milhares de demissões.

Neste contexto desanimador, Brown advertiu mais uma vez nesta segunda-feira que a única solução para a crise passa pela coordenação internacional e lançou uma advertência para as pessoas que, usando o argumento da crise, apostam no protecionismo. Em um discurso aos correspondentes estrangeiros em Londres, Brown destacou que é necessária uma ação global para uma rápida recuperação da economia e lançou novas críticas contra o protecionismo.

“Assim como alguns querem, podemos fechar os mercados, de capital, serviços financeiros, comerciais e trabalhistas, e assim reduzir os riscos da globalização”, declarou Brown. “Mas isso reduziria o crescimento mundial, nos negaria os benefícios do comércio mundial e mandaria milhões de pessoas à pobreza”, alertou.

“Poderíamos ver as ameaças e os desafios que estamos enfrentando atualmente como um início difícil de uma nova ordem mundial e nossa tarefa atual como a transição para os lucros de uma empresa global em expansão, mediante um novo internacionalismo”, declarou Brown, que na sexta-feira reconheceu que não havia vislumbrado o alcance desta crise. Os dados oficiais confirmaram na sexta-feira que a Grã-Bretanha está em recessão.

O primeiro-ministro antecipou que pedirá aos países que façam os ajustes necessários para um futuro melhor e estabeleçam as novas normas para uma nova ordem mundial, durante a Cúpula do G20, o grupo dos principais países industrializados e emergentes do mundo, que será realizada em 2 de abril em Londres.

No plano político, as demissões e a recessão custaram muito a Brown: o apoio popular ao primeiro-ministro e seu governo retrocedeu, e os conservadores estão em vantagem agora sobre os trabalhistas, por 15 pontos, revelaram pesquisas divulgadas neste domingo.

Semana passada, o governo de Brown divulgou um novo plano de resgate bancário para garantir a concessão de créditos, mas não parece ter conseguido devolver a confiança nem aos bancos nem aos consumidores britânicos, muitos menos aos eleitores.

Fonte: Portal G1

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Walter Eichelburg, Engenheiro.

Grandes Bancos – Socorro é inviável para o estado

São enormes para que ainda possam ser salvos pelos respectivos países

O ano novo traz um agravamento da crise bancária, especialmente para os grandes bancos. Nos EUA, o Citigroup e o Bank of América estão pendurados e com a corda no pescoço; na Alemanha, o Commerzbank foi salvo no último minuto através de uma parcial estatização. E a coisa também não está nada boa para o Deutsche Bank, de Joe Ackermann. Na Grã-Bretanha, os grandes bancos, em sua maioria, estão diante da estatização, ou já foram estatizados.

Aqui segue uma lista das perdas em ações dos grandes bancos, extraída do jornal “Midas”, de Bill Murphy: Bank of América menos 77%, Wells Fargo Bank menos 60%, Citigroup menos 39%, JP Morgan menos 58%, Barclays menos 42%, Deutsche Bank menos 52%.

Notem que essa perda do valor das ações correspondem somente aos primeiros 20 dias do ano 2009. Em 2008, eles já tiveram perdas maciças. As ações dos bancos revelam muito sobre sua “saúde financeira”. Pouco antes da falência ou de um salvamento de urgência, as ações caem dramaticamente. Dos números, pode-se ver claramente que os grandes bancos do Ocidente se encontram no momento em uma luta de vida ou morte. Pode-se contar a qualquer momento com a morte ou estatização.

Atual estatização dos bancos levará os países à morte

O que pôde ser visto no ano passado, na Islândia, esse mesmo drama acontece agora na Grã-Bretanha. A libra se desvaloriza, os bancos balançam. Entrementes, já se fala em falência do Estado. O legendário investidor Jim Rogers recomenda a todos os britânicos para que retirem o dinheiro do país e se livrem da libra.

Segundo declaração neste final de semana por parte de um ministro do gabinete de Gordon Brown, Lord Mandelson, “The banks are fucked, we re fucked, the country s fucked.” – NR.

Se o governo britânico estatizar todos os bancos, então teremos 61 bilhões de reserva em dólar do país, frente a 4.400 bilhões de dólares em dívida internacional dos bancos – todas as dívidas dos bancos tornam-se então dívidas públicas. É claro que essa conta não fecha. Provavelmente o Estado britânico será um dos próximos a cair. A libra britânica se desvaloriza, como é típico em tais casos.

Muito grande para ser salvo

Aqui se pode ver claramente que os grandes bancos são “too big to bail”, ou seja, muito grandes para serem salvos pelos respectivos paises. Os bancos levam, no caso de um “salvamento” estatal, o próprio país junto com eles. Na zona do Euro existem alguns paises diante da bancarrota, como a Irlanda ou Grécia. Mesmo a Alemanha já tem problema atualmente em vender Títulos do Tesouro. A crise dos grandes bancos que está chegando será também uma crise de sobrevivência dos Estados e das moedas.

Os botes salva-vidas ouro e prata serão utilizados logo – especialmente na zona do Euro.

Walter Eichelburg, engenheiro.

O autor do artigo não é um consultor financeiro, mas sim um investidor em Viena – NR.

Fonte: Inacreditavel

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